Descalço alcanço o gramado
Um pensamento sussurrado
“É breve a nossa separação”.
Evocando as tuas virtudes,
Meu temor às vicissitudes
Enleia-se nas poças do chão.
Voz despojada de vaidade,
Fiança da tua honestidade,
Ouço a relva me chamar.
Estiro-me no solo calmante,
Uma oração reconfortante,
O peito opresso a respirar.
Lealdade sem coações,
Vanglórias ou oscilações,
Intensifica a garoa que cai.
Então, minha boca sangra
Uma poção que abranda
A eufórica dor que contrai.
Conceitos sem absurdos,
Ânimo imune aos insultos,
Clareza em se conhecer.
A água que me encharca
Na claridade deságua
A tua existência em meu ser.
A chuva banha meu corpo
O suor vai ao teu encontro
Na terra que te priva do ar.
A sete palmos distantes,
Perene saudade vibrante,
A fé serena o meu pesar.
Rodrigo Moura © 2013 Todos os Direitos Reservados
2 comentários:
Belíssima obra, Rodrigo!
Que rimas!
Grande abraço e sucesso!
parabéns pelo poema!
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