À
luz da lanterna,
em meu circo de lençol e varal,
retomo uma saga quimérica
de paisagens feéricas
ampliando
as ficções
em frações de segundo.
Espreguiço-me...
Iço-me de um solo
onde o amanhã apavora
e
observo as formigas
em suas olfativas trilhas
marchando pelo quintal,
meu
pequeno orbe
suspenso no tempo.
Entrego-me
inexoravelmente
a uma voz interna
que dialoga em harmonia
com minha pueril essência.
Percorro
um reino fantástico
de caminhos alados
que me conduzem
na direção oposta
ao de um futuro onde
meu
circo de lençol e varal
cairá como um tecido
para
forrar o colchão
e
uma corda de plástico
para dependurar as roupas.
Rodrigo Moura © 2014 Todos os Direitos Reservados
* Poema que participa, juntamente com os poemas dos amigos do Grupo Coesão Poética, da exposição "Quintais de Ontem e de Hoje", da artista plástica e poetisa Ana Duarte.
Um comentário:
Belíssima obra, Rodrigo!
É sempre um deleite visitar sua página!
Saudades do amigo!
Grande abraço e sucesso!
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